Faturas da água, em alguns casos, triplicaram
Dados da Entidade Reguladora para os Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) revelam que, entre 2009 e 2011, as faturas da água aumentaram na maioria dos 254 concelhos de Portugal continental com dados completos. Em alguns casos o aumento da fatura da água chega mesmo a triplicar.
É ainda revelado que continuam a existir desigualdades nos preços dos diversos pontos do país, ainda que ocorra uma tendência de aproximação de preços resultante, em parte, de uma recomendação da ERSAR de 2009 e da necessidade das operadoras ajustar os preços do abastecimento, saneamento e tratamento de resíduos de modo a conseguir cobrir os reais custos desses serviços.
Custo médio das faturas da água
Segundo o último levantamento da ERSAR, em 2011, uma família pagou 19,11 euros mensais, em média, pela fatura da água. Este número médio subentende um consumo de 10 metros cúbicos de água por mês, incluindo os serviços de abastecimento de água (9,80 euros), saneamento (5,69 euros) e tratamento de lixo (3,62 euros), o que não acontece em todos os concelhos do país.
Exemplos de desigualdades nas faturas da água
A mesma fonte mostra-nos que o Porto pagou um valor global pela água superior a Lisboa e que o valor máximo foi cobrado pela Infralobo, empresa detida em 51% pela Câmara de Loulé e que serve, essencialmente, o empreendimento turístico de Vale do Lobo onde os moradores pagaram 40,52 euros por mês e o valor mínimo foi pago nas Terras de Bouro, no distrito de Braga, com um custo de 2,53 euros, por dez metros cúbicos por mês, ainda que este valor não integre todos os serviços (abastecimento, saneamento e tratamento de resíduos).
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