As políticas que os governos estão a prosseguir em todo o mundo e especialmente nos EUA são altamente inflacionárias. A Reserva Federal americana com o apoio do governo está a “imprimir” dinheiro a uma velocidade furiosa e o último resultado destas acções será inflação. Por outro lado, o governo americano não terá capacidade de pagar a sua enormíssima dívida, tendo como única alternativa viável a monetização da dívida via desvalorização agressiva do dólar e consequente inflação.
O ambiente macroeconómico descrito é extremamente favorável “a valorização do ouro e das mercadorias em geral, dos activos físicos ou como os americanos chamam, os “hard assets”. O ouro e as acções do sector de extracção de metais preciosos, as gold stocks poderão ter enormes valorizações neste cenário.
Alguns dos mais importantes estrategas do mercado expressaram recentemente variantes deste argumento. Por exemplo, Peter Schiff pensa que o Ouro ainda terá um grande potencial de valorização a partir destes níveis, e no seu programa de rádio semanal exprimiu que, “If you look at some of the bullish calls from the major brokerage firms, people are saying, gold 1,000 dollars, gold 1,200 dollars. These are not crazy calls. By the time you [see] the end of the gold bull run, [the] price of gold will be at 5,000 dollars and somebody will come out and say that gold is headed for 20,000. You are going to have outrageous calls.” O seu argumento é que ainda não existe nenhuma bolha especulativa no ouro porque os analistas das casas de investimento ainda não estão a apresentar previsões de subidas de preço sem qualquer aderência à realidade como aconteceu quando o petróleo se encontrava a 140 dólares por barril e surgiam analistas a prever 300 dólares por barril. Para Schiff é nestas fases que a prudência tem que ser total e ainda não estamos sequer perto dessa fase.
Marc Faber, o reconhecido investidor suíço também afirmou recentemente estar investido em três empresas do sector dos metias preciosos, a Novagold, a Ivanhoe Mining e a Gabriel Resources.
Jim Rogers, está optimista na valorização dos metais preciosos mas vê mais potencial na prata do que no ouro e Doug Casey um investidor internacional com várias décadas de experiência considera que as quantidades de dinheiro fiduciário que está a ser imprimido por todo o mundo causarão uma grande subida nos preços do ouro e uma mania especulativa nas acções do sector.
O ouro será um bom investimento para os investidores mais prudentes, enquanto que as acções do ouro poderão ser uma opção para os investidores com maior propensão ao risco.
Henrique Moura Simões
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