O Jornal de Negócios, na sua versão online tem os 5 passos para combater o sobreendividamento:
CINCO PASSOS PARA EVITAR O SOBREENDIVIDAMENTO
1. Faça contas
Elabore um orçamento em que clarifique a capacidade financeira do agregado familiar no presente e a médio prazo. Anote as despesas fixas da habitação, energia, telefone, água, gás e Internet. Por exemplo, se o seu agregado familiar tem rendimentos mensais de 2.500 euros e paga 400 euros de prestação ou renda da casa, vai precisar de, pelo menos, 600 euros para pagar despesas fixas.
Despesas mensais fixas: €600
Rendimento disponível: €1.900
2. Estabeleça prioridades
Faça uma listagem de prioridades de consumo e identifique, à partida, as compras que podem ser adiadas. Alimentação, educação, transportes e saúde são prioridade. Aos 1.900 euros que que sobraram da simulação referida no ponto anterior, subtraia 300 euros em alimentação, 200 em combustível e 100 para eventuais necessidades terapêuticas. Gasta 600 euros por mês.
Despesas prioritárias: €600
Rendimento disponível: €1.300
3. MOdere o recurso ao crédito
Recorra ao crédito para antecipar o consumo, apenas se for considerado indispensável e compatível com a capacidade financeira do agregado familiar. Assim, prosseguindo a simulação, comprar um carro novo pode exigir-lhe uma prestação mensal de 400 euros que irá directamente para o banco.
Crédito: €400
Rendimento disponível: €900
4. Poupe 10% dos rendimentos
Estimule o hábito da poupança, independentemente do valor, e torne-o num objectivo ambicioso. O ideal é conseguir poupar 10% dos rendimentos totais do agregado familiar. Mas, se conseguir poupar dois euros por dia, no final poupou quase 2,5% dos rendimentos mensais que cobrem uma eventual necessidade.
Poupança mensal: €62
Rendimento disponível: €838
5. Aconselhe-se com profissionais
No que toca a decisões financeiras, antes de agir, aconselhe-se com entidades independentes. No sítio www.deco.proteste.pt, pode verificar se a situação financeira lhe permite contrair mais créditos, no simulador “Como gerir o orçamento familiar”. Segundo as contas da Deco, a família que o Negócios utilizou como exemplo, não corre risco de sobreendividamento, porque tem uma taxa de esforço (proporção do rendimento de um agregado familiar afecto ao pagamento de um empréstimo, em percentagem) inferior a 35%. Mas a associação alerta para uma eventual subida das taxas de juro ou outros imprevistos que possam desequilibrar o orçamento mensal.
Taxa de encargos globais: 72%
Taxa de esforço no crédito: 32%
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