“Tenho 50 anos, já estou velha/o para o mercado de trabalho”, todos os dias ouço esta frase no local onde dou formação. São pessoas que dedicaram anos da sua vida a uma empresa e que agora estão em situação de desemprego.
A tristeza, o desalento, o sentimento de abandono é notável nestas pessoas. Dedicaram-se anos e anos a uma empresa que agora lhes fechou a porta, e como se não fosse suficiente, também o mercado de trabalho lhes fecha a porta, pois são demasiado velhos para o trabalho.
Questiono-me muitas vezes, em que critérios determinadas organizações se baseiam para dizer que uma pessoa é demasiado velha para o trabalho. Notavelmente o factor idade é aquele que predomina. E as competências que estas pessoas adquiriram ao longo da vida, não contam? A experiência profissional de anos não é valorizada? O tratamento de igualdade não existe?
Onde está a responsabilidade social das nossas organizações? Sim, porque eu entendo que também deve passar por aqui. Dar oportunidade a pessoas que durante anos e anos trabalharam para uma sociedade, e que agora estão “abandonadas”por esta mesma sociedade.
A reforma só deverá chegar aos 65 anos de idade ou quanto muito a pré –reforma, que poderá ser pedida a partir dos 55 anos de idade e tendo em conta a carreira contributiva; de que vão viver estas pessoas entretanto? Este não é de todo o tratamento que elas merecem.
Olá,
Concordo plenamente.
Vejo esta situação como uma travessia do deserto: aos 50 anos não se está “incapacitado” para trabalhar mas as empresas acham que sim e não recrutam; O Governo não dá a reforma pois acha que estamos “capacitados” para trabalhar; o mercado “convencionou” que a partir dos 35 dificilmente se será aceite para um emprego. O que há de errado aqui? É simnples: se tens entre 36 e 65 anos de idade não és encaixável no mercado de trabalho. Não serves para nada. Ponto. O Governo criou o “novas oportunidades”. Fantástico. Mas como a maioria que entra nesse sistema está entre os 36-65 anos, é uma nova oportunidade para nada. Somos um ser social dos 18 aos 35 anos. Somos um encargo social a partir dos 65 anos. E no meio somos um imenso deserto.
Mas há alternativas. Em vários países europeus e nos Estados Unidos os governos têm VERDADEIROS mecanismos de Novas Oportunidades.Há empresas especialistas em irem buscar essas pessoas ostracisadas para servirem de mentores em empresas cujos novatos têm de ser ensinados. É a experiência ao serviço do treino da juventude. Há todo um mercado de trabalho que é aproveitado. Há mesmo consultoras que aconselham as empresas que extinguem postos de pessoas de idade, a re-admití-los com uma função diferente, de apoio e consultoria em determinadas áreas da empresa. Até podem ganhar menos, mas estão actívos e sentem-se úteis.
Há vida nesse espaço nebuloso entre os 35 e os 65 anos. 30 anos é muito tempo para ser esquecido.
Francisco Teixeira
Não poderia deixar de ler este artigo pois lido diariamente com este tipo de situações.
São muitas as pessoas que diariamente procuram uma oportunidade de melhorar a sua situação de vida.
Existem casos em que as pessoas nem conseguem ter
oportunidade de entrevista pois a sua idade “já é
um pouco avançada” e muitas vezes essas pessoas são as mais validas para trabalhar.
Lamento o país em que vivemos e o GRANDE apoio que o nosso governo proporciona ao nosso país e a as familias que nele habitam.
O artigo acima descreve a MAIS PURA REALIDADE do dia a dia de muitas pessoas.
Hoje quando seolha um idoso, muitas pessoas pensam logo em coloca-lo no asilo.Mas esquecem que ele pode ensina-las pois tem um vasto conhecimento por ter tido muitos anos vividos.Antigamente os mais velhos não eram os chefes da tribo ?
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