Carros Usados – Qual a Melhor Opção de Financiamento?

No actual clima económico, a compra de um carro usado com um, dois e/ou até cinco ano pode ser um óptimo investimento, especialmente se considerarmos a queda de preços associada ao sector automóvel e a rápida desvalorização dos modelos novos (que podem perder 20% do seu valor inicial apenas no final de um ano). Desta forma, conseguir um bom crédito automóvel é essencial para garantir um bom negócio.

Antes do crédito automóvel: cuidados na compra de veículos usados

Antes de avançar com qualquer tipo de compra, deve garantir que pesquisa (na imprensa especializada e na internet) o valor justo do carro, exija uma inspecção do veículo (ou faça-se acompanhar por um mecânico) e informe-se sobre as suas garantias legais. Para evitar problemas legais, deverá, preferencialmente, optar por comprar o seu veículo a um stand, ao invés de escolher conduzir o negócio com um particular.

Crédito automóvel – banco versus financiadora

Normalmente, após decidir qual o carro que pretende comprar, o stand irá apresentar-lhe uma proposta de financiamento. A sua melhor opção é não dizer logo que sim, pois muitas vezes, poderá conseguir obter um financiamento melhor no seu banco. Ou seja, os stands agem como intermediários no financiamento, obtendo comissões sobre cada contrato conseguido, e as taxas de juro propostas pelas financiadoras são mais altas e menos rentáveis do que aquelas que poderá obter no seu banco.

Custos do crédito automóvel

Verifique as seguintes situações:

Prémios de seguros. Na modalidade leasing, são exigidos seguros de responsabilidade civil facultativa (50 milhões de euros) e de danos próprios, o que poderá encarecer substancialmente esta opção. No crédito automóvel, é suficiente ter um seguro de responsabilidade civil (3,250 milhões de Euros). Eventualmente, poderá ser necessário um seguro de vida. Regra geral, os bancos têm acordos com as seguradoras e conseguem apresentar prémios competitivos; no entanto, tal não deve ser impeditivo de procurar alternativas noutras instituições.

Despesas de contratação. Ou seja, todas as despesas associadas à contratação do financiamento, incluindo comissão de entrada, processamento, etc.

Leasing ou crédito automóvel?

Analisando apenas as taxas de juro praticadas (9,4% – valor máximo da taxa de juro a cobrar, conforme definido pelo Banco de Portugal), o leasing surge como a opção mais barata para a generalidade dos consumidores. É no entanto necessário ressalvar as seguintes questões:

– O registo de propriedade do veículo fica em nome da instituição de crédito associado. Ou seja, parte-se do princípio que o proprietário é o banco, que cede a utilização do veículo ao cliente mediante o pagamento de uma renda;

– A factura de compra tem de discriminar IVA, o que significa que o carro terá obrigatoriamente de ser adquirido a vendedores profissionais.

– Os seguros associados a esta modalidade poderão encarecer o produto final, portanto analise todos os detalhes antes de tomar uma decisão.

– A maioria dos contractos exige uma entrada inicial e um valor residual.

O crédito automóvel é definitivamente a melhor opção para quem quer ter o registo de propriedade do veículo em seu nome desde o início. No entanto, as taxas de juro oferecidas são normalmente mais elevadas. A título de exemplo, o Banco de Portugal fixou 15% de taxa de juro como montante máximo para este tipo de financiamento.

Independentemente da sua opção, compare sempre a TAEG (taxa anual efectiva global – custo total de um crédito ao consumidor) apresentada pelo financiamento proposto com as indicações do Banco de Portugal para a modalidade e o trimestre em causa. Se a proposta for excessiva, procure negociar os termos contratuais, garantindo que obtém um financiamento automóvel justo.

Verifique aqui as taxas aplicadas no 3.º Trimestre de 2012 para o leasing e crédito automóvel.

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