Já lá vai o tempo em que praticamente toda a gente contraía crédito pessoal, mesmo se fossem perfis com muito risco associado, onde inúmeras famílias acabaram por endividar-se devido à quantidade de empréstimos que contratavam. Para além disso, o que é uma realidade hoje, pode não o ser daqui por uns anos. Por exemplo, se agora tem capacidade financeira para pagar as prestações mensais, a situação pode mudar de um dia para o outro.
Pedir um crédito pessoal é, em muitos casos, um grande investimento na vida de uma pessoa – dependendo do montante da dívida e prazo de pagamento. Por esse (grande) motivo, deve ser uma decisão bem ponderada, pois vai influenciar o orçamento lá de casa durante muito tempo. Como tal, tenha em conta alguns aspetos que deve saber antes de pedir um empréstimo:
1 – Condições do cliente
Desde logo, o primeiro fator que deve ter em conta antes de avançar com a solicitação é saber se está à partida elegível para solicitar crédito pessoal. Para além dos aspetos básicos, como ser maior de idade e residente em Portugal, quem pede um empréstimo deve ter uma situação minimamente estável em termos profissionais, para dar algumas garantias ao credor de que o montante solicitado será pago.
Neste conjunto de indicadores está a taxa de esforço, que representa as despesas com o crédito que o agregado possui tendo em conta os rendimentos que aufere. Por cá, a maior parte das instituições financeiras de crédito não concede empréstimos a famílias que tenham taxas de esforço superiores a 30 ou 40%.
Para além disso, deve ter a situação financeira regularizada no Banco de Portugal, mais precisamente no Mapa de Responsabilidades de Crédito. Pode obtê-lo no site do Banco de Portugal; apenas precisa da password que usa para entrar no Portal das Finanças e do número de contribuinte.
2 – Termos do contrato
A segunda coisa que deve saber num crédito pessoal passa pelas condições do crédito, principalmente no que toca a valores e prazos de pagamento. Pedir dinheiro emprestado é fácil, pagá-lo é que é mais complicado. Para evitar situações de incumprimento, tenha sempre conhecimento do valor da prestação mensal e montante total imputado ao consumidor (MTIC).
Este valor total a pagar pelo crédito depende da quantia requisitada, prazo de pagamento, comissões, seguros e taxa de juro, sendo que a mensalidade aumenta se escolher um período menor de liquidação.
Posto isto, convém prestar atenção a todas as informações do contrato, lendo bem as pequenas alíneas antes de assinar.
3 – Taxas de juro e comissões adicionais
Para além do prazo de pagamento, deve tomar especialmente atenção às taxas de juro do crédito (TAN e TAEG), que não são mais do que o valor que tem de pagar a mais por usufruir do dinheiro emprestado. Escusado será dizer que, quanto menor a taxa, melhor.
Existem, ainda, comissões adicionais no empréstimo, como sobretaxas e juros de mora, com as quais deve ter atenção.
4 – Comparação de produtos
Tendo em conta a diversidade existente no mercado português, torna-se bastante relevante comparar e simular as diferentes opções de crédito pessoal antes de avançar para qualquer pedido. Desta forma, facilmente consegue perceber as melhores ofertas com as taxas de juro mais atrativas.
5 – Seguros requisitados
Quando solicita um crédito pessoal, regra geral é requisitado que contrate um ou mais seguros associados ao produto. Porém, cada vez é mais discutido se vale efetivamente a pena fazê-lo, uma vez que pode acrescer até 20% ao valor a pagar.
Por fim, convém sublinhar que estes são apenas alguns fatores a ter em consideração antes de avançar para uma proposta de empréstimo. Lembre-se que é uma decisão muito importante e que pode ter consequências no futuro, pelo que deve tomá-la com o máximo de informação possível.
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Este artigo foi produzido pela equipa do ComparaJá.pt, a mais recente plataforma online de agregação e comparação de produtos financeiros em Portugal, como cartões de crédito e crédito pessoal.
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