Esta é um velha questão, deverá o utilizador pagar pelos conteúdos disponibilizados neste blog?
O New York Times, começa no dia 28 de Março a vedar acessos à sua informação, como podemos ler no artigo Letter to our readers about digital subscriptions.
Assim sendo os não pagantes terão acesso a informação limitada, muito ao estilo que do acontece já em Portugal, com as notícias a serem desenvolvidas em versão papel e apenas um excerto na versão digital.
O NYT, acaba por fazer o mesmo, mas vedando a leitura de 20 notícias mensalmente. A partir das 20 noticias, terá que ser assinante. O mesmo se passa com as aplicações móveis, ipad, android, etc. Diz o mesmo que assim poderá gerar melhores conteúdos e dar alguma vantagem aos subscritores pagos. Isto abre uma grande janela de oportunidade para os leitores que não forem adeptos desta versão e que consequentemente irão buscar a informação a outros lados.
À medida que a internet vai mudando do browsing para as apps, cada vez mais empresas obrigam os utilizadores a pagar pelo que consultam. Uma coisa é certa, haverão sempre pessoas dispostas a dar-lhe a informação pelos meios grátis, mas sem garantias.
O que acha o leitor deste assunto?
Prefiro o modelo de negócio da Google, facebook e muitos outros que nos disponibilizam serviços e consultas de forma absolutamente gratuita e se financiam da forma que conhecemos (publicidade, etc). Acho este blog muito bom e útil mas não estaria disposto a pagar para o ler. Se passasse a pago recorreria a outras fontes. Creio que o N. Y. Times se arrependerá da opção tomada, se não no curto, a médio prazo. Chegará a menos consumidores, falar-se-á menos dele, será uma uma referência cada vez menor. Este tema faz-me lembrar a passagem do mítico Howard Stern para uma estação de rádio de subscrição (paga), a referência que ele era antes disso e o que se tornou depois.
A visão do “Ognito” acerca da gratuitidade dos conteúdos de internet, levará, inevitavelmente, ao despedimento de quem produz conteúdos – no caso jornalistas, por exemplo, e a informação publicada na internet sofrerá um decréscimo de qualidade e terá problemas de credibilidade.
Se paga para ler uma revista, em papel, porque não se há-de pagar para ler online e pagar a quem tem o trabalho, e não é assim tão pouco?
Não concordo. Vejo RTP1, 2, TVI e SIC, oiço dezenas de rádios sem pagar pelos conteúdos e isso não traz despedimentos, antes pelo contrário. Emprega muita gente. É uma questão de modelo de negócio e de financiamento. Entendo que a Internet não deve ser diferente. Porque é que havia de ser? O que traz despedimentos e fecha empresas é apostar em modelos ineficazes e não perceber a mudança…
Em dois comentários temos as duas faces da moeda.
A verdade é que nunca aqui pelo Maisvalias nos ocorreu colocar conteúdos a pagar. Pois isso levaria a um acréscimo incomportável de gastos para desenvolver essas funcionalidades.
Mas na realidade este blog não é grátis. A provar está a publicidade que se pode ver pelo blog e a que vai pela newsletter, junto com uns artigos que se vão fazendo a recomendar este ou aquele produto.
Mas, os gastos de um blog visitado milhares de vezes todos os dias são grandes e para garantir uma navegabilidade excelente os servidores não ficam assim tão baratos.
E doações o que acham desse modelo?
Ao contrário dos outros comentadores, eu aceito pagar pelos conteúdos deste site nas seguintes condições: Sem publicidade e artigos mais originais e descritivos possível. Quanto ao pagamento, penso que devia ter flexível, ou seja: para leitores esporádicos, pagamento por artigo e para os mais assíduos, mensalmente. O que eu pretendo com isto, é que o autor deste site se dedique com exclusividade e concentração, que ganhe o suficiente para ter uma vida confortável e nos dê sempre informação útil e clara. Mas já vi que os leitores têm outros hábitos… Eu gosto de ver um site limpo e sem publicidade.
Olá Santos,
Na realidade o que diz é verdade, os artigos aqui passam por ser directos e simples, mas isso não é só derivado da falta de tempo. É um objectivo do Maisvalias ser incisivo na informação que presta.
Realmente gostaria de me dedicar a esta actividade a tempo inteiro, mas como deve entender isso não é possível. Os custos de alojamento crescem e o trabalho também.
Temos como outro contra o mercado português ter 10 milhões de habitantes, e embora no ano passado tenham cá passado 10% deles, não chega minimamente para fazer vida desta pequena brincadeira.
Quanto à publicidade, e, falando contra mim, existem plugins que pode adicionar ao seu browser para retirarem a publicidade que aqui vê. Mas estaria a tirar o pão da boca a quem produz estes conteúdos. :=)
Obrigado pela sua opinião,
Renato Sousa Barros