Poucas serão as famílias a escapar já este ano aos estragos fiscais, inerentes ao IRS, sejam elas constituídas por trabalhadores, pensionistas e/ou aforradores. Tudo dependerá do tipo de rendimento que cada uma apresenta, da composição do agregado e das deduções normalmente feitas.
Assim, sumarizamos aqui o que lhe está reservado:
- O seu valor de IRS subirá devido ao congelamento das deduções específicas bem como devido ao facto do Governo não ter actualizado os escalões de IRS à taxa de inflação prevista para 2012 (3,1%). Relativamente a esta última situação e caso esteja no último escalão pode ainda contar com uma sobretaxa de 2,5%.
- O seu direito em abater ao IRS despesas relativas, por exemplo, à habitação e saúde será abalado. De facto, as despesas de saúde só vão abater 10% ao IRS e até um limite máximo de 838 euros (contra os 30% sem limite actuais). Apenas se tem três ou mais filhos, beneficia de uma dedução adicional de 125 euros.
De um modo genérico, as suas deduções à colecta (educação, crédito à habitação, saúde, lares e pensões de alimentos) passam a ter um tecto máximo de benefício o qual não pode ser excedido (ver tabela).
-
Se tem poupanças no banco (como por exemplo depósitos a prazo) ou recebe dividendos vai desembolsar 25% de IRS, o mesmo acontecendo se este ano apurar mais-valias líquidas.
Rendimento colectável (euros) | Deduções à colecta | Deduções com PPR, seguros e donativos |
No conjunto, não podem ultrapassar (euros) | Não podem ultrapassar (euros) | |
Até 4898 | Sem limite | Sem limite |
Mais de 4898 até 7410 | Sem limite | Sem limite |
Mais de 7410 até 18375 | 1250 | 100 |
Mais de 18375 até 42259 | 1200 | 80 |
Mais de 42259 até 61244 | 1150 | 60 |
Mais de 61244 até 66045 | 1100 | 50 |
Mais de 66045 até 153300 | 0 | 50 |
Mais de 153300 | 0 | 0 |
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