Foram hoje publicadas pelo INE as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional registando-se uma agravamento do défice do Estado no primeiro trimestre até 10,6% do PIB.
Resumo
No ano acabado no 1º trimestre de 2013, a capacidade de financiamento da economia portuguesa ampliou-se para 1,2% do PIB (0,3% em 2012). Esta evolução deveu-se em larga medida à melhoria do Saldo Externo de Bens e Serviços e do Saldo dos Rendimentos Primários.
A taxa de poupança das Famílias aumentou para 12,9% no 1º trimestre de 2013 (11,6% em 2012), variação determinada pela redução de 1,0% do consumo e pelo aumento do rendimento disponível das Famílias (variação de 0,5% no 1º trimestre de 2013). A capacidade de financiamento das Famílias atingiu 7,7% do PIB no 1º trimestre de 2013 (superior em 1,2 pontos percentuais à do trimestre anterior).
Os saldos das Sociedades Não Financeiras e das Sociedades Financeiras fixaram-se em -2,8% e 3,4% do PIB no ano terminado no 1º trimestre de 2013, respetivamente.
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas aumentou, passando de 6,4% em 2012 para 7,1% do PIB no ano acabado no 1º trimestre de 2013. Este comportamento refletiu sobretudo os aumentos das prestações sociais e, em maior grau, das transferências de capital. Tomando como referência valores trimestrais e não valores do ano acabado no trimestre, o saldo das AP situou-se em -10,6% do PIB no 1º trimestre de 2013 (-7,9% do PIB em igual trimestre do ano anterior).
O Rendimento Nacional Bruto e o Rendimento Disponível Bruto da Nação continuaram a registar reduções menos acentuadas (variações de -0,5% em ambos os casos) que a verificada no PIB (-0,8%).
Os custos do trabalho por unidade produzida mantiveram a tendência decrescente embora com menor intensidade, em grande medida em resultado do impacto na remuneração média da economia das alterações no pagamento dos subsídios relativamente ao verificado em 2012.
Aceda aqui aos dados completos do INE.
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