Certificados de Aforro já representam mais de 13% da dívida pública portuguesa

Certificados de Aforro: o peso na dívida pública está a subir — e já roça máximos históricos

O montante aplicado em Certificados de Aforro (CA) continuou a crescer em 2024–2025, fazendo subir o seu peso na dívida pública. Em agosto de 2025, estimamos um peso na ordem dos 13,4%, acima dos ~12,6% de outubro de 2024.

O que mostram os números

  • Outubro 2024: CA ~€34,1 mil M; dívida Maastricht ~€269,8 mil M ⇒ ~12,6%.
  • Junho 2025: CA ~€37,8 mil M; dívida ~€287,0 mil M ⇒ ~13,2%.
  • Agosto 2025: CA ~€38,6 mil M; dívida ~€288,4 mil M ⇒ ~13,4%.

Em 10 meses, o peso avançou cerca de +0,8 p.p. (~+6% em termos relativos).

Gráfico: crescimento do peso dos CA na dívida pública (%)

Notas: valores mensais; dívida na ótica de Maastricht. Fonte: BdP; cálculos MaisValias.com.

Porque é que isto importa

  1. Financiamento doméstico: maior participação da poupança das famílias reduz a dependência de mercado externo.
  2. Custo dos juros: mais CA também significa encargos internos de juros mais elevados a suportar pelo Estado.
  3. Risco de reversão: mudanças de taxa/atratividade podem levar a resgates e exigir financiamento alternativo.

Metodologia & fontes

O “peso” resulta de dividir o stock mensal de CA pelo total da dívida pública (óptica de Maastricht) do mesmo mês. Valores de CA e dívida compilados a partir de comunicados e estatísticas do Banco de Portugal e notícias que citam esses dados.

  • Dívida Maastricht — comunicados BdP (p.ex., Outubro 2024 e Agosto 2025).
  • Stock de CA — notas que citam BdP (p.ex., recordes em 2025) e séries oficiais.

Artigo elaborado com ajuda de IA.

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